Monday, May 22, 2006

Fluxo de informação



O fluxo de informação entre o cenário de conferência e os outros links é bidireccional.
O que é dito e feito nos outros cenários pode influenciar a forma como aparece o cenário do coreto.

Todos os temas estão interligados. Podemos encontrar fluxos de informação a circular entre todos os links (uns mais pequenos outros mais notórios).
Tal como no livro, os vários temas desta leitura interactiva (que eu faço) podem parecer fora do contexto. A verdade é que poderiam funcionar de forma autónoma, contudo não seriam atingidos os mesmos objectivos que servem funcionando juntos.



Alguns pontos que podem necessitar de mais explicações:

A liberdade:
O utilizador pode navegar por alguns elementos.
Só se escolher o certo é que avança para o sítio certo:
Entrei como uma farpa, devia ter entrado como uma agulha porque dava para sair como uma agulha.
Introduzir duas personagens: um que aparenta ter estatuto social elevado, outro não. Em quem confiar?
Quem confiar no errado ganha de imediato, mas no longo prazo vai perder. Ganhou mas também inchou.

Ir na multidão: pequenos apontamentos para o que era (e ainda é) o comportamento das massas face à política.

Como ver mais além do que nos é dado?
São retiradas algumas conclusões das Demarchés para a invenção.
O que vai ser retirado deste tópico é que vale sempre a pena optar pela verdade.
Mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo.

Tuesday, May 16, 2006

Isto é assim...

O meu trabalho de Hipermédia e Estruturas Narrativas é baseado na obra que Almada chegou a chamar “o seu único livro”. Graça Videira Lopes da UNL no seu texto “A acção é só vendo”: o olhar do pintor na obra narrativa de Almada Negreiros” refere que este é o livro de Almada mais difícil de classificar. É verdade. A sua leitura é complexa pelo que se podem retirar muitas conclusões.
Decidi integrar a obra no seu contexto histórico. Século XX, Portugal.

A ideia que vai ligar todo o meu trabalho é a “Palavra”. Palavras porquê?
Foram elas que começaram a pintar o mundo, são elas que nos mostram como viviam as antigas civilizações como a egípcia ou a fenícia, tal como refere Almada.
A palavra e o grafismo terão uma grande importância na construção do trabalho. Vão ser elementos que definem o trabalho. Por vezes as palavras vão ser, elas próprias, elementos gráficos, à semelhança do que faziam os modernistas.
O meu trabalho vai oscilar entre momentos de maior interactividade e de narratividade.
Como no livro se refere a existência de uma viagem mais pessoal, em que se aprende a viver e a pensar nos assuntos, vou abordar alguns temas do livro, mas também outros que não estão sequer descritos no livro. Os temas, apesar de parecerem pequenos fragmentos, são na prática a forma de chegar ao fim da leitura interactiva. Podem, de facto funcionar de modo autónomo. Contudo, não teriam o mesmo impacto e o mesmo resultado. O que pretendo é que o utilizador percorra uma série de cenários que o façam perceber, após algumas utilizações, que objectivo desta proposta de leitura é o de ter uma visão do que é a vida e de como devemos encarar a vida. Aliás, “O Regresso ou o Homem sentado”, última parte do livro, é a visão de alguém que já passou por todas as fases de crescimento de uma pessoa, alguém que chegou a uma fase em que já percebe o porquê das coisas.
Como estamos a falar de um trabalho de multimédia, são tidos em consideração todos os meios disponíveis para enriquecer o trabalho. O som está a ser pensado ao mesmo tempo que os restantes meios. Não será nada deixado ao acaso.


Como se estrutura o trabalho: (provisoriamente com 2 grandes secções)

***
As duas grandes metades da humanidade, os homens e as mulheres.
Neste ponto pensei num jogo. O jogo tem o titulo de: ”Mankind”.
Há duas figuras, uma masculina e outra feminina. O objectivo é criar um homem e uma mulher a partir de alguns estereótipos mais conhecidos de todos.
Qual o objectivo deste jogo?
Acertar na correspondência do estereótipo à figura do homem ou da mulher. No final do jogo há um pequeno momento de narratividade. A grande conclusão é de que uma das metades, só existe porque há uma outra metade. A velha expressão: Não podemos viver com elas, mas não podemos viver sem elas.
A palavra vai ter uma grande importância neste jogo.
Este jogo tem um objectivo extra porque haverá outro capítulo em que será tratado o tema da verdade. Será que estes estereótipos correspondem à verdade? Esta é uma pergunta que fica no ar.

***
Uma outra secção é a da revolução. O mundo era sempre igual. Tudo acontece da mesma forma. Aconteceu ontem, acontece hoje e amanhã vai ser igual. O que é preciso para mudar o rumo dos acontecimentos. Neste ponto vou apresentar um pequeno apontamento do que foi o modernismo português. A liberdade que foi dada à geração modernista para tratar os temas mais variados das mais variadas formas.
Neste ponto vai haver algumas composições feitas por mim que remetam para o espírito modernista, composições à base da colagem, por exemplo. A inspiração está nos panfletos, pinturas e textos de época. Outra possível inspiração gráfica é a escola russa do construtivismo.


Forma de apresentação:

# Uma conferência improvisada vai ter lugar em 1921. Aparece a imagem de uma fachada em que se vê um cartaz de época afixado, mal colado, com a indicação da conferência.

# Aparece a imagem de uma praça (por exemplo, passeio alegre) com um orador. Corpo de humano com cabeça de desenho “por ele próprio” de Almada. Aqui o trabalho faz a transição da fase narrativa da intro para a fase interactiva. Aparecem palavras (tema que liga todo o trabalho). Estas palavras seriam os links para os outros locais desta conferência. Todo o trabalho seria passado nesta fase em que o autor se encontra numa conferência, em cima de uns andaimes.

# O Episódio da Flor. Pode haver um pequeno apontamento de comédia. Deus escreve direito por linhas tortas. Pode haver um pequeno vídeo que mostre alguém a desenhar linhas avulsas. Uma criança, alguém muito novo. A Palavra não terá de ser necessariamente Flor. Pode ser outra, ainda a definir. Mas neste ponto um vídeo poderia ser interessante, visto ser um produto multimédia.

#A verdade. O que representa o jogo mankind é tudo verdade? Esta apresentação ainda não está definida, contudo, pretende-se como uma espécie de conclusão.

Nuno Gonçalves Regadas

Monday, May 15, 2006

Os temas do Livro





A INVENÇÃO DO DIA CLARO
(Citação de Rimbaud, no verso da folha de rosto)

Auto-retrato do autor (desenho)

Dedicatória a Fernando Amado

O LIVRO
I PARTE – ANDAIMES E VÉSPERAS
A conferência improvisada
Àcerca do homem e da mulher
Àcerca das três oleografias
Atenção
As palavras
Viagens das palavras
História das palavras
Centenário das palavras
Valor das palavra
Nós e as palavras
As palavras e eu
Parábola
Uma cruz na encruzilhada
Fim de dia
CONFIDÊNCIAS

II PARTE – A VIAGEM OU O QUE SE NÃO PODE PREVER
(Citação de K4 Quadrado azul, no verso do título)
Paris e eu
Partida para Paris
Paris
Eu
Liberdade
CONFIDÊNCIAS
RETRATO DA ESTRELA QUE GUIOU O FILHO PRÓDIGO NA VOLTA À CASA PATERNA
CONFIDÊNCIAS

III PARTE – O REGRESSO OU O HOMEM SENTADO
A flor (citação de Matisse, após o título)
(citação de Charles Péquin, sobre a pintura de Matisse e Cézanne, no verso)
(citação do Petit Larousse, definindo a palavra “sécurité”, seguindo a anterior)
A minha vez (citação de Hermes Trimegista, após o título).
UMA FRASE QUE SOBEJOU

DÉMARCHES PARA A INVENÇÃO
A verdade14

Esta é a estruturação do livro. Contudo, estou em fase de apreciação para decidir que temas abordar. Apesar do livro ser pequeno, os temas são desenvolvidos de uma forma muito profunda que permitem várias leituras, pelo que preciso de mais tempo para analisar mais correctamente.

Sunday, May 14, 2006

Algum trabalho

Neste momento não tenho muito para dizer. Estou numa fase de pesquisa em que tento perceber de que forma poderei fazer o tratamento do tema. Procuro algo relacionado com o pensamento filosofico. Queria tentar abordar o tema sem recorrer, exclusivamente, ao grafismo do modernismo português. Talvez uma abordagem mais vanguardista, futurista (da perspectiva do dia de hoje).

podem consultar:

Manifesto anti-Dantas

Sunday, April 30, 2006

rEVISITADO


Nome do aluno

Nuno Gonçalves Regadas 3TM1

Nome da manifestação artística

“A Invenção do Dia Claro”

Título do projecto

A invenção do Sumo PT

Objectivos

O principal objectivo seria o de fazer um produto em que o utilizador aprendesse algo enquanto o usa, um produto inspirado numa obra de 1921 mas que seja intemporal. Estes pontos têm em vista a produção de um CD-ROM. O CD-ROM vai mostrar episódios da vida que são descritos no livro, adoptando uma espécie de metáfora da viagem que é a vida de cada um de nós. Por isso, outro objectivo seria o de que a experiência de utilização fosse diferente para cada um.

Metodologia

- Pesquisa sobre o modernismo (o que preocupava esta geração, o que resultou dos seus pensamentos);

- Pesquisar imagens (fotografias de época, capas de livros, pinturas, esculturas do período modernista);

- Fazer um apanhado da informação que tenho, assinalar a que quero usar e a que ponho de parte;

- Preparar um esquema (storyboard) para ter a noção de como ficaria o trabalho final;

- Desenvolver este modelo e preparar alguns esboços do trabalho, possivelmente com testes;

- Continuar este processo até ter o produto na sua fase final de desenvolvimento.

Referências bibliográficas

Convém dizer que estas referências vão estar em permanente evolução. Não posso adiantar agora quais vão ser as minhas referências porque a inspiração vem muitas vezes de sítios que nem imaginamos. Para já adianto:

“O tempo da história 12º volume 2”;

“Aula Viva Português A 12º 2º Volume”;

“O grande livro dos Portugueses, Circulo de leitores”;

“Manifesto Anti-Dantas”

As outras referências, não necessariamente bibliográficas, serão as referidas na pesquisa.

PS: Como referências quero ainda deixar a nota de que vou utilizar frases avulsas. É uma forma, muitas vezes, de encontrar um ponto de ligação entre todos os temas a tratar:

“A Eternidade existe mas não tão devagar!” (Quadrado Azul, 1917)

“A laranjeira ao pé da nora já me conhecia – punha-se a fingir que era o vento que a fazia mexer.” (A Invenção do Dia Claro, 1921)

Sunday, April 23, 2006

A Invenção

Nome do alunoNuno Gonçalves Regadas 3TM1

Nome da manifestação artística
“A Invenção do Dia Claro”

Título do projecto
A definir

Objectivos
O principal objectivo seria o de fazer um produto em que o utilizador aprendesse algo enquanto o usa, um produto inspirado numa obra de 1921 mas que seja intemporal. Aliás os temas de que trata o livro foram discutidos, são discutidos e serão discutidos.

Metodologia
A definir

Referências bibliográficas
As minhas referências ainda estão a ser construídas.


O livro começa por um comentário do autor. “Livro” é o título. Termina com a frase: “Quando eu nasci, as frases que hão-se salvar a Humanidade já estavam todas escritas, só faltava uma coisa – salvar a Humanidade.

Podemos pensar que as mesmas palavras que salvam a Humanidade também a podem destruir. As palavras são o mote para se fazer uma viagem, viagem que pode ser física ou mental, em que, no último caso, o utilizador poderia ver e participar activamente na construção de um conhecimento.

Pretendo fazer uma proposta de leitura interactiva em que apresento ao leitor a metáfora de uma viagem. A viagem das letras, das palavras, em suma, da Humanidade. No livro são feitas alusões a temas como a família, o amor, a liberdade e a religião. Todos os temas focados aparecem quase sempre de forma interligada. Por exemplo, o tema religião surge porque o narrador pegou numa mão cheia de palavras, as atirou e elas ficaram assim dispostas na mesa.

Há constantemente no final de cada parte as “Confidencias”, momentos em que o narrador/autor fala com a “mãe”. No trabalho também poderia ter em certos momentos estas participações do narrador. Seria algo que estimulasse a interacção entre utilizador – produto. Algumas destas frases poderiam ser colocadas sobre a forma de jogos, por exemplo.

A abordagem que pretendo fazer é dar este tom quase filosófico da metáfora da viagem para chegar à realização pessoal. O utilizador deste produto multimédia sentir-se-ia como membro da viagem, alguém que viajava com o narrador. O objectivo seria o de fazer com que o utilizador percebesse a evolução que a Humanidade sofre ao longo do tempo. Os pontos existentes por onde o leitor teria de passar seriam o início e o fim.
Contudo a forma de alcançar o final dependeria do percurso feito pelo utilizador.


Como fazer isto?
Gostava que no trabalho o utilizador/leitor tivesse a oportunidade de aprender aquilo que o Almada aprendeu, os conhecimentos que adquiriu e depois passou para o papel.
À medida que o utilizador navegava ia tendo acesso a diferentes momentos da viagem. A navegação não seria totalmente aleatória. O meu objectivo é que o utilizador apreenda alguns conhecimentos. Tudo o que seria apresentado faria parte de um nível de pensamento a que não estamos habituados, algo que vai além do dia-a-dia.

Concretamente, ainda não tenho nada definido para dar forma a esta ideia. Contudo, não quero fazer uma abordagem que seja, meramente, a passagem para o multimédia o conteúdo do livro.
Na capa do livro está escrito: “Escripta de uma só maneira para todas as espécies de orgulho”. Talvez alterasse esta afirmação para: “Escripta de muitas maneiras para todas as espécies de orgulho”, uma vez que cada utilizador poderia fazer a sua própria narrativa, o seu próprio percurso de aprendizagem.

Uma possibilidade de abordagem à leitura interactiva poderia ser a inclusão de fotos de época, visto que também gostaria de remeter para o período em que este livro foi escrito (1921), ainda que o objectivo fosse o de fazer um produto intemporal.
Queria que com este trabalho o utilizador fosse o parceiro na viagem do narrador.
Ainda me aguarda muito trabalhinho.

“A Eternidade existe mas não tão devagar!” (Quadrado Azul, 1917)

“A laranjeira ao pé da nora já me conhecia – punha-se a fingir que era o vento que a fazia mexer.” (A Invenção do Dia Claro, 1921)

Nuno Gonçalves Regadas 3TM1